De acordo com o representante da ONU no Sudão, Volker Perthes "a pausa não foi completamente respeitada, com ataques contra bases, tentativas de ganhar terreno, ataques aéreos e explosões em diferentes áreas da capital", reportou ao Conselho de Segurança.
"Ainda não existem sinais claros de que estejam prontos a negociar", afirmou Perthes depois de ter contatado com os dois generais em guerra, o chefe do Exército, Abdel Fatah al Burhan e o seu ex-aliado Mohamed Hamdan Daglo, que comanda as forças paramilitares Forças de Apoio Rápido (FAR). Testemunhos vindos da capital do Sudão, Cartum, informam da presença de bombardeiros do Exército, contra veículos da FAR, com trocas de tiros constantes.
O secretário de Estado dos Estados Unidos da América, Antony Blinken, anunciou na segunda-feira um cessar-fogo de três dias no Sudão após "negociações intensas" entre as partes, mas, testemunhas disseram à AFP terem presenciado confrontos entre o Exército e as FAR em Wad Banda, uma região fronteiriça mais a sul. Os confrontos que explodiram a 15 de abril deixaram mais de 459 mortos e mais de 4.000 feridos, de acordo com as agências da ONU.
Antes do cessar-fogo, várias nações conseguiram negociar com os dois lados a retirada de funcionários diplomáticos e de cidadãos dos seus países. Portugal retirou 21 cidadãos portugueses do Sudão, com apenas uma cidadã a escolher ficar no país, mas, está a cerca de 400km da capital do Sudão.
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