A sua presença é uma constante, seja a controlar os locais onde as buscas continuam, ou apenas a circular pelas ruas e avenidas daquela cidade no sudeste turco, uma das mais atingidas pelo sismo de segunda-feira.
No local, a agência Lusa encontrou forças da polícia, da Jandarma (uma espécie de GNR turca) e militares, estes sempre com armas.
Um polícia com quem a Lusa falou disse que tinha vindo de Ancara, no sábado.
Desconhece a situação no terreno e não sabe se tem havido algum tipo de crimes após o sismo.
“Viemos para reforçar a segurança”, diz, de forma seca, sem mais declarações a fazer.
Por Kahramanmaraş, a agência Lusa ouviu alguns habitantes a dizerem que corriam histórias de roubos às casas cujos residentes fugiram e pilhagens a lojas e comércio.
Vários optam por arriscar e entrar nas suas casas, mesmo que danificadas, para tentarem retirar alguns pertences, face aos rumores.
Ao mesmo tempo que a presença policial parece suplantar o número de membros de equipas de salvamento, a cidade parece mudar o seu foco nas operações de busca.
Ao sétimo dia, há mais maquinaria pesada em cima dos escombros, a tentar remover entulho, e as carrinhas de transporte de cadáveres, com um símbolo verde, estão em maior número do que as ambulâncias.
São sobretudo essas carrinhas que agora param junto aos escombros, onde já poucos acreditam em milagres.
Pelo menos 33.179 pessoas morreram em consequência do violento sismo que abalou na segunda-feira a Turquia e a Síria, indicam dados oficiais hoje divulgados.
O sismo de magnitude 7,8 matou 29.605 pessoas no sul da Turquia, informou a Afad, a organização de socorro do país, enquanto as autoridades contabilizaram outros 3.574 mortos na Síria.
Os números atualizados hoje referem também que 92.600 pessoas ficaram feridas neste desastre natural.
Os dois países foram atingidas, na madrugada de segunda-feira, por um terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter, a que se seguiram várias réplicas, uma das quais de magnitude 7,5.
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