Na primeira cimeira com a participação do novo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, os líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) irão abordar o processo de reflexão NATO 2030, que visa projetar o futuro da Aliança e desembocar na revisão do atual conceito estratégico da NATO.
Neste âmbito, o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, deverá apresentar aos restantes líderes um conjunto de propostas que incluem o fortalecimento das consultas políticas na NATO, um maior financiamento conjunto das operações militares e o incremento da resiliência das infraestruturas e das cadeias de valor dos Aliados.
Além do processo de reflexão NATO 2030, os Aliados irão também abordar temas ‘quentes’ da atualidade, e nomeadamente as “implicações em termos de segurança da ascensão da China” e o “comportamento agressivo da Rússia”.
Durante uma conferência de imprensa de antevisão da cimeira, que decorreu esta sexta-feira, Stoltenberg salientou que o mundo se encontra atualmente numa fase de “competição global”, devendo a NATO responder a “muitas ameaças e desafios ao mesmo tempo”.
Elencando os diferentes desafios, Stoltenberg destacou nomeadamente a “Rússia e a China, que desafiam a ordem internacional baseada em regras”, mas também a “ameaça contínua do terrorismo”, e as “ameaças sofisticadas” provocadas por “ciberataques, tecnologias disruptivas e alterações climáticas”.
No que se refere aos ciberataques, o secretário-geral manifestou a esperança de que os Aliados cheguem a acordo sobre uma “nova política de ciberdefesa para a NATO” que reconheça que o “ciberespaço é constantemente contestado”.
A cimeira decorre numa altura em que Joe Biden, contrariamente ao seu predecessor, Donald Trump, tem sublinhado a importância das alianças para a sua administração, tendo mostrado o desejo de “reconstruir e restabelecer” as parcerias dos Estados Unidos, “a começar pela NATO”.
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