“Saúdo a decisão do Tribunal Criminal da ONU relativa a Ratko Mladic”, considerou Stoltenberg, em comunicado, acrescentando que a condenação “mostra que o primado da lei está a funcionar e os responsáveis por crimes de guerra são responsabilizados”.
“Como comandante bósnio sérvio, o general Mladic foi responsável por crimes terríveis contra civis, incluindo o assassínio de milhares de homens e rapazes bósnios em Srebrenica, em 1995″, salientou.
Lembrando que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, no acrónimo inglês) “ajudou a encerrar este capítulo negro na história da Europa”, o responsável pela Aliança adiantou esperar que a decisão de hoje permita que a região avance mais na paz e reconciliação.
Por seu lado, a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, considerou que “fazer justiça e combater a impunidade pelos mais horríveis crimes é uma obrigação humana fundamental”.
Sem querer pronunciar-se sobre o caso concreto de Mladic, Mogherini, salientou que a UE “respeita na íntegra as decisões do TPI-J e apoia o seu trabalho”.
O Tribunal Penal Internacional para-a ex-Jugoslávia (TPI-J) condenou hoje o antigo chefe militar sérvio-bósnio Ratko Mladic a prisão perpétua por genocídio, crimes de guerra e crimes contra a Humanidade cometidos na guerra da Bósnia (1992-1995).
O Tribunal da ONU declarou Mladic culpado de 10 das 11 acusações de que era alvo – duas de genocídio, quatro de crimes de guerra e cinco de crimes contra a humanidade.
No veredicto, lido pelo juiz presidente, Alphons Orie, o coletivo considera provado que Mladic quis cometer genocídio em Srebrenica (1995), enclave muçulmano na Bósnia onde mais de 8.000 homens e rapazes foram executados pelas forças sérvias, numa zona declarada segura pelos capacetes azuis holandeses.
Apelidado de “carniceiro dos Balcãs”, Mladic foi também condenado por outra das maiores atrocidades das guerras que levaram à separação da Jugoslávia: o cerco de três anos a Sarajevo, a capital bósnia.
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