“A candidatura ‘Mais PAN’ pretende abrir o PAN às suas pessoas, à sociedade, e convida a um maior escrutínio das suas lideranças”, afirmou, durante a apresentação da moção global de estratégia que apresentou ao IX Congresso do PAN, que decorre hoje em Matosinhos (distrito do Porto).
O antigo deputado apontou que “o que realmente difere” na sua candidatura daquela protagonizada pela atual porta-voz, Inês de Sousa Real, “é o sentido de democracia que queremos que o PAN tenha, é o tipo de partido que queremos ser de hoje em diante”.
“Por mais propaganda interna que seja veiculada em forma de bolha com o objetivo de confundir, denegrir ou enganar, o que é diferente nas suas moções globais de estratégia não são linhas programáticas nem redefinições ideológicas do nosso partido”, considerou.
“Teremos uma real separação de poderes, maior fiscalização quer a nível político, quer a nível financeiro entre congressos, iremos dar igual voz a todas as pessoas do PAN, possibilitando eleições diretas a quem delas queira fazer parte e terminando com a lógica de militantes de primeira e militantes de segunda”, defendeu.
Nelson Silva indicou também que propõe “simplificar o processo de candidatura dentro do partido, para fomentar, incentivar a participação ativa” dos filiados, além da passagem de um para dois porta-vozes “de géneros diferentes”.
O candidato à liderança propõe ainda “mais fóruns de debate político interno”, abrir o partido “à participação das pessoas”, e “voltar a conquistar a credibilidade perdida e a confiança não só dos votos que perdemos, mas também a conquista de novos votantes que sintam a forte mensagem do PAN”.
“Iremos finalmente aplicar dentro o que defendemos para fora. O PAN merece mais e melhor, muito melhor, e para isso contarão com certeza com esta candidatura”, garantiu.
O antigo dirigente — que integrou a Comissão Política Nacional de Inês Sousa Real, mas saiu no passado com críticas à democracia interna — indicou igualmente que a sua direção irá “dar mais força às estruturas locais, recuperando a autonomia que a direção que agora cessa o seu mandato lhes roubou”.
“Iremos dar uma verdadeira autonomia às comissões políticas regionais da Madeira e Açores, sem obrigar a terem de ir a uma espécie de beija-mão à Comissão Polícia Nacional para poderem ter ação política específica e necessária para o seu território. Criaremos uma juventude com liberdade para pensar, agir e participar com autonomia e com uma voz ativa nos órgãos decisórios do partido”, afirmou.
Sobre a orientação política que deve guiar o PAN no futuro, Nelson Silva considerou que “a causa animal fundou o PAN e será para o PAN sempre uma prioridade”.
Apontando também que “a ecologia passou a ser um bastião do PAN”, o candidato a porta-voz considerou que “separar a causa animal da ecologia ou dizer que ecologia é mera proteção do ambiente não é só conceptualmente errado, mas também politicamente ignorante”.
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