Estas posições foram transmitidas pelo ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação no seu regresso à Assembleia da República, após seis meses em que esteve com o seu mandato suspenso, para assumir o seu lugar de deputado do PS eleito pelo círculo de Aveiro.
Antes de entrar no hemiciclo, Pedro Nuno Santos respondeu a várias questões dos jornalistas e um perguntou-lhe se vai ser uma voz crítica em relação à liderança do PS de António Costa. Pedro Nuno Santos começou por responder com uma pergunta: Mas porquê?”
“Temos um Governo muito bem entregue. O PS e o Governo têm muito trabalho pela frente. Sou um deputado que apoia o Governo”, frisou.
Mesmo antes de entrar na sala da sessão plenária, ainda fez questão de responder a uma outra pergunta sobre uma sua eventual candidatura à liderança do PS.
“Neste momento, não sou candidato a nada”, disse.
Nas suas declarações aos jornalistas, o antigo líder da JS procurou transmitir a mensagem de que o seu regresso à Assembleia da República, depois de se ter demitido do Governo há cerca de seis meses, “é um regresso normal de alguém que já foi parlamentar durante muitos anos”.
“Estive vários anos no Governo e agora é o meu regresso ao parlamento. Neste momento, sou um deputado entre 230. Esta é a casa da democracia e tenho muito orgulho em ser deputado da Assembleia da República”, declarou.
Questionado se estava expectante em relação ao teor do relatório da comissão de inquérito sobre a gestão da TAP – que deverá chegar hoje ao parlamento -, o ex-ministro ripostou: “Não, não estou”. E mais não disse sobre assuntos relacionados com a TAP.
Em relação ao seu trabalho como deputado, disse que apenas na próxima sessão legislativa, em setembro, saberá as comissões que vai integrar.
“O Grupo Parlamentar do PS fará ajustamentos [nos deputados] das comissões no início da sessão legislativa. Mas não posso ser eu a dar a informação. Só no início da próxima sessão legislativa terei uma ideia”, referiu.
Depois de falar aos jornalistas, Pedro Nuno Santos entrou no hemiciclo pela porta habitualmente usada pelos deputados do PSD perto das 14:15, cerca de dez minutos depois da sessão plenária ter começado.
Antes de se sentar, cumprimentou vários deputados – o primeiro foi Marcos Perestello – com ‘passou bem’, beijinhos a deputadas e acenos aos que estavam mais longe – e ‘soprou’ um beijo à ex-ministra da Saúde Marta Temido.
O ex-ministro sentou-se na última fila entre deputados eleitos pelo seu círculo, o de Aveiro: Hugo Oliveira – que aproveitou para tirar uma ‘selfie’ com ele -, Joana Sá Pereira e Cláudia Santos.
Pouco depois, o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, foi até lá, cumprimentou Pedro Nuno Santos e sentou-se, por breves instantes, ao seu lado, tendo os dois trocado algumas palavras.
No início do plenário, a secretária da Mesa da Assembleia da República Maria da Luz Rosinha tinha informado da retoma de mandato de Pedro Nuno Santos, com efeitos a partir de hoje.
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