“Os EUA querem dominar-nos para controlar o mercado mundial dos hidrocarbonetos a seu capricho”, disse.

Nicolás Maduro falava na reunião ministerial de dois dias do Gabinete de Coordenação do Movimento dos Não Alinhados (MNOAL) que decorre em Caracas e que serve de preparação para a XVIII Cimeira do Movimento, prevista para outubro no Azerbaijão, altura em que a Venezuela entregará a presidência daquela organização.

“O verdadeiro objetivo é apoderar-se da imensa riqueza petrolífera da Venezuela, para dobrar o braço aos países do mundo e controlar o mercado dos hidrocarbonetos”, sustentou.

Nesse sentido, explicou que a Venezuela é vítima de “uma agressão multiforme”, de “um conjunto de sanções ilegais e de uma perseguição financeira”.

“À Venezuela roubaram-lhe mais de 30 mil milhões de dólares em ativos e em contas em ‘cash’ no mundo”, frisou, sublinhando que as sanções impostas pelos EUA impedem a compra de medicamentos, alimentos e matérias-primas para a indústria.

Nicolás Maduro explicou que os venezuelanos são um povo “decidido a lutar” contra o bloqueio e agradeceu “a todos os governos dos países irmãos de África, América Latina, Caraíbas, Ásia e Europa” pelo apoio recebido durante a crise político-económica e social que afeta o país.

A Venezuela atravessa um período de grande tensão política desde janeiro, quando Maduro jurou um segundo mandato de seis anos, não reconhecido pela oposição e por cerca de 50 países pelo facto de os principais líderes opositores terem sido impedidos de participar nas eleições presidenciais.

Em resposta, o líder do parlamento, Juan Guaidó, autoproclamou-se presidente interino, alegando diversos artigos da Constituição venezuelana.