O presidente da associação, Hilário Castro, explicou à Lusa que querem implementar “um plano que revitalize a zona e que proporcione esplanadas dinâmicas diurnas, que não acontece hoje em dia”.

Ressalvando que não há condições para a instalação de novas esplanadas até haver uma requalificação do Bairro Alto, Hilário Castro lembrou que essa requalificação faz parte de um plano que a Câmara Municipal de Lisboa aprovou em 2021, ainda durante o mandato de Fernando Medina (PS).

Segundo o presidente da associação, o projeto “finalmente está a bom ritmo” e um dos seus objetivos é “criar condições para que este bairro, um bairro turístico, um bairro visitado por milhares de pessoas, possa ter e possa oferecer um serviço de qualidade com esplanadas e minimizar o impacto noturno, de uma outra forma que não seja tão só a vender copos”.

A presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, Carla Madeira (PS), disse à Lusa que a Câmara de Lisboa teve reuniões sobre este plano de requalificação nos últimos dois anos apenas com comerciantes, sem haver contacto com a junta.

Carla Madeira acrescentou que questionou à Câmara durante a última Reunião Pública Descentralizada, no dia 10 de janeiro, sobre esse assunto, mas não obteve resposta.

Questionada pela Lusa, a Câmara Municipal de Lisboa indicou que o projeto de execução da obra de requalificação do Bairro Alto “está a ser finalizado, aguardando-se relatórios externos que poderão ter influência no projeto, nomeadamente o do saneamento”.

Na resposta escrita enviada à Lusa, a autarquia previu que o projeto de execução seja apresentado à população no 2.º trimestre de 2024.

Segundo a câmara lisboeta, aquela obra tem como objetivos a sistematização de pavimentos, a pedonalização e otimização de estacionamento, a introdução de estrutura verde e espaços de estadia e a valorização e divulgação do património.