
A polémico veio a público quando o Centro Nacional de Exploração Sexual dos Estados Unidos (NCOSE) pediu a retirada, em todo o mundo, do videojogo "No Mercy", que “promove violência sexual explícita” e desafia os utilizadores a tornarem-se no “pior pesadelo das mulheres”.
Em Portugal, o jogo esteve disponível e está agora em curso um inquérito.
Que videojogo é este?
"No Mercy" mostra um universo de incesto, chantagem e sexo não consensual.
O jogo contém elementos explícitos de violência sexual, incitação à dominação masculina e práticas misóginas, com frases como "não aceite um não como resposta".
Quais as reações em Portugal?
O jogo gerou uma onda de indignação. A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) denunciou a comercialização do jogo ao Ministério Público, acusando-o de incitar ao discurso de ódio contra as mulheres e apologia da violência sexual. O Movimento Democrático de Mulheres também anunciou uma queixa.
Este domingo, o Ministério Público abriu um inquérito que visa investigar se o conteúdo do jogo se enquadra em crimes relacionados com o discurso de ódio contra as mulheres, apologia da violência sexual e incitação à prática de crimes sexuais.
O que diz a Zerat Games?
A Zerat Games, a criadora do jogo, defendeu a criação de "No Mercy", afirmando que é apenas uma obra de ficção e que muitos críticos confundem realidade com ficção.
A empresa pediu desculpas a quem considerava que o jogo não deveria ter sido criado, mas também defendeu a liberdade para explorar certos fetiches, desde que não causem danos a ninguém.
O jogo continua disponível?
Depois de todos os pedidos, o jogo "No Mercy" foi retirado da Steam, uma das maiores lojas de venda de videojogos em formato digital. O jogo estava na quinta-feira disponível na plataforma portuguesa, por 11,79 euros.
Contudo, a Zerat Games continua a comercializar o título noutras plataformas.
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