Luís Montenegro assumiu estas posições no debate preparatório do Conselho Europeu, na Assembleia da República, depois de ter sido questionado por todas as bancadas sobre esta matéria, com PS, BE ou PCP a pedirem o reconhecimento imediato do Estado da Palestina e o Chega a apelar a uma defesa mais firme de Israel.
“Quando nós somos aqui atacados de forma tão veemente pela extrema-direita e ao mesmo tempo pela extrema-esquerda sobre a nossa posição, isso significa uma coisa: nós estamos no centro, nós estamos na moderação, nós nem estamos num extremo, nem estamos no outro, é o primeiro grande sinal daquilo que é o equilíbrio da posição portuguesa”, afirmou.
O primeiro-ministro reiterou que, sobre o conflito no Médio Oriente, o executivo PSD/CDS-PP segue a linha “que vinha dos governos anteriores” de defesa da solução dos dois Estados.
“Eu até fico um bocadinho estupefacto quanto, por exemplo, o PS, mas também o PCP e o BE - que foram cúmplices da governação entre 2015 e 2022 - nunca os vimos com esta veemência durante esses anos e já havia conflito no Médio Oriente e já havia tensão e já havia tentativa de reconhecimento do Estado palestiniano”, disse.
Antes, o deputado do PS João Paulo Rebelo tinha perguntado ao primeiro-ministro quando é que Portugal vai reconhecer o Estado da Palestina.
“Ninguém compreende que se preconize a solução dos dois Estados mas apenas reconhecemos um”, criticou.
Ao contrário do que está previsto no Regimento para os debates europeus e, segundo o presidente do parlamento com o acordo das bancadas, o primeiro-ministro respondeu hoje em conjunto às perguntas dos nove partidos (e não um a um), de forma a poder participar na Cimeira da União Europeia-Conselho de Cooperação do Golfo, que arranca às 14:00 de Bruxelas (13:00 em Lisboa), gastando 25 minutos dos 40 disponíveis na intervenção final.
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