Segundo o presidente, Thomas Bach, os Jogos de daqui a cinco anos serão “motivação extra” para a reconstrução, para a qual está “sensibilizado todo o movimento olímpico”, pode ler-se numa carta enviada pelo dirigente ao presidente do Comité Organizador de Paris, Tony Estanguet.

“Completar a reconstrução a tempo de Paris2024 será uma motivação adicional para todos”, pode ler-se na missiva, “enviando assim uma mensagem forte de como os Jogos Olímpicos são sempre sinónimos com a solidariedade e com o desporto ao serviço da humanidade”.

Por seu lado, a organização de Paris2024 vai organizar uma corrida solidária cujas receitas vão reverter para uma associação de bombeiros de Paris.

Desde o incêndio de segunda-feira, as contribuições para a reconstrução da catedral excederam os 800 milhões de euros, de anónimos ao Banco Central Europeu, a Apple, a Total ou as famílias Pinault e Arnault, entre muitos outros, juntando-se agora o contributo do COI, que gerou mais de cinco mil milhões de euros em receitas entre 2013 e 2016, segundo o relatório e contas de 2017.

A catedral encontrava-se em obras de restauro no seu exterior quando, na segunda-feira à tarde, deflagrou um violento incêndio que demorou cerca de 15 horas a ser extinto. As chamas destruíram o pináculo e uma grande parte do telhado, além de parte do acervo artístico no interior.

A Procuradoria de Paris disse que os investigadores estavam a considerar o incêndio como um acidente.

A tragédia de Notre-Dame gerou mensagens de pesar e de solidariedade de chefes de Estado e de Governo de vários países, incluindo Portugal, bem como do Vaticano e da ONU.