Vila do Conde, Vale de Cambra, Maia, Paredes e Trofa não participaram na reunião, tendo o presidente do CmP, Eduardo Vítor Rodrigues, relatado aos presentes que os dois primeiros municípios o informaram do “voto de aprovação” e que “faltaram por terem agenda institucional para cumprir hoje”.
“Do meu lado todas as diligências foram feitas e está tudo de acordo com aquilo que todos, de alguma forma, têm feito sentir (…). Não há aqui outro objetivo que não seja pôr isto a funcionar como dever ser”, disse na nota introdutória o também presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia.
O vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, interveio a seguir para precisar que “embora possa parecer que, por vezes, [os municípios] estão divididos, na verdade estão a tentar salvaguardar posições pois o foco é ter bons transportes metropolitanos e o Porto está muito interessado que isso se concretize”.
O autarca do Porto alertou também para “a necessidade da empresa de transportes ter uma contabilidade analítica relativa à bilhética (…) e que é algo importante numa empresa que irá gerir toda a bilhética e as comissões de validação que advém de vários operadores, nomeadamente a Metro do Porto, STCP e os da operadora da Unir”.
O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, manifestou “dúvidas e reservas sobre o funcionamento da nova empresa metropolitana” e assinalou que apesar de no município que dirige “não haver metro, comboios, barco, funicular e nem sequer trotinetes, têm, contudo, espírito metropolitano” pelo que “irão fazer parte do capital social da empresa, sendo dos municípios que mais vão contribuir para esse capital e, eventualmente, menos dos que irão usufruir”.
Da parte da Câmara da Póvoa de Varzim, o presidente Aires Pereira frisou que “no dia em que os autocarros começarem a circular, começarão os grandes problemas que terão de ultrapassar”, destacando o “esforço da Comissão Executiva” para colocar o projeto no terreno, opinião partilhada pelo autarca de Gondomar, Marco Martins, que anunciou o lançamento na segunda-feira de uma “campanha de informação à população”, sublinhando que a rede dos Serviços de Transportes Coletivos do Porto “não muda”.
Aprovada a criação da empresa, o processo segue agora para o Tribunal de Contas.
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