"A incidência de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 nos últimos 14 dias foi de 66/100.000 habitantes, com tendência ligeiramente crescente a nível nacional. Estima-se que o tempo de duplicação da incidência seja de 86 dias pelo que, à taxa atual, serão necessários 2 ou mais meses para se atingirem 120 casos/100.000 habitantes", pode ler-se em comunicado enviado pelo INSA.

O relatório indica ainda que "o índice de transmissibilidade, Rt, é superior a 1, tanto a nível nacional (1,02) como nas várias regiões, com exceção do Alentejo (0,99)".

"Mantém-se o aumento do Rt desde 10 de fevereiro de 2021, exceto no Algarve onde se observa uma redução em comparação com o último relatório (1,19 para 1,05), sugerindo o desacelerar do aumento da incidência na região", é referido.

No que diz respeito aos internamentos em cuidados intensivos, o número diário no continente "tem sido decrescente e a 7 de abril de 2021 era de 122, inferior ao valor crítico definido (245 camas ocupadas)".

O INSA disponibilizou também informação sobre as variantes que circulam no país. "Dados de sequenciação genética relativos a março indicaram que a variante B.1.1.7 (associada ao Reino Unido) representava já 82.9% dos casos de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 em Portugal (Continente e Regiões Autónomas). A frequência das variantes B.1.351 (associada à África do Sul) e da variante P.1 (associada a Manaus) eram respetivamente 2.5% e 0,4%", pode ler-se.

Numa "análise global dos indicadores", percebe-se que existe uma situação epidemiológica "com transmissão comunitária de moderada intensidade e reduzida pressão nos serviços de saúde", tendo sido ainda verificado "um ligeiro aumento da transmissão nas faixas etária mais jovens, mas com menor risco de evolução desfavorável da doença".

"O recente período Pascal e o início do desconfinamento são fatores que podem interferir na situação descrita, com reflexos visíveis nas próximas semanas", remata o INSA.