A informação foi divulgada pelo Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias (Involcan), sem precisar o número de casas destruídas.
Desde hoje, os fluxos de lava expelidos pelo vulcão Cumbre Vieja cobrem mais de 497 hectares e destruíram mais de 1.186 edifícios, de acordo com o sistema de satélites europeu Copérnico, noticiou a agência espanhola EFE.
O novo rio de lava foi provocado pelo desabamento, no sábado, do flanco norte do vulcão daquela ilha do arquipélago das Canárias, situado a oeste da costa de Marrocos.
A Unidade de Emergência Militar (UME) está a monitorizar os fluxos de lava que foram reativados após o colapso parcial do cone vulcânico, disse o comandante Ángel Luis Fernández, chefe de operações daquela unidade, citado pela EFE.
Os dois fluxos de lava avançam em direção ao oeste, onde se localizam La Laguna e Todoque.
Ángel Luis Fernández disse também que os movimentos sísmicos são constantemente monitorizados e que não há medo de novas erupções, embora exista um plano de contingência em vigor.
Nas últimas 48 horas, o Instituto Nacional Geográfico (IGN) registou 214 sismos na zona afetada pela reativação do vulcão, 19 dos quais foram sentidos pela população de La Palma.
A amplitude média do tremor vulcânico permanece estável e a altura da coluna de gás e cinzas é de 3.500 metros, mostrando uma ligeira descida da nuvem eruptiva, acrescentou o IGN.
As autoridades de La Palma disseram hoje que os residentes com propriedades fora do perímetro de segurança serão autorizados a entrar para recolher roupas e pertences.
O acesso será controlado e acompanhado por pessoal de segurança, após coordenação com a autarquia local.
Esta medida pode estar sujeita a alterações em função das condições meteorológicas e da evolução do processo eruptivo, acrescentaram.
O vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção em 19 de setembro, obrigando à retirada de mais de 6.000 pessoas das zonas afetadas.
A erupção afetou o cultivo da banana e o turismo, as principais fontes de receitas da ilha, onde vivem cerca de 85.000 pessoas.
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