“Estou aqui ao serviço do povo (e) apelo à coesão, à tolerância e ao perdão para que nos unamos, porque é em uníssono que podemos estar mais comprometidos com a derrota do terrorismo”, disse Lassina Zerbo na cerimónia de transferência do poder com o seu antecessor Christophe Joseph Dabiré, cujo governo foi demitido na quarta-feira, acusado de ser incapaz de conter os ataques terroristas.
“Não pouparei esforços para continuar o trabalho iniciado e ouvir o povo. Tentaremos falar com todos, com o apoio do chefe de Estado, para nos entendermos e ganhar a confiança do povo”, acrescentou Lassina Zerbo.
Nomeado primeiro-ministro na sexta-feira, Zerbo, de 58 anos desempenhou entre 201e e agosto último o cargo de secretário executivo do órgão de supervisão de proibição de testes nucleares das Nações Unidas.
Um novo governo deverá ser anunciado nos próximos dias.
À semelhança dos seus vizinhos Mali e Níger, o Burkina Faso foi apanhado em 2015 na espiral de violência atribuída a movimentos armados ‘jihadistas’, ligados à Al-Qaeda e ao grupo extremista Estado Islâmico, que provocaram pelo menos 2.000 mortos e 1,4 milhões de deslocados.
Os ataques contra civis e militares são cada vez mais frequentes e a grande maioria concentra-se nas regiões norte e leste do país.
Na sexta-feira à noite, antes do anúncio da nomeação de Zerbo, o Presidente do Burkina Faso, Roch Marc Christian Kaboré, convocou uma “reunião” para derrotar o terrorismo ‘jihadista’.
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