“O comando militar decidiu reforçar o recolher obrigatório. Vai durar das 20:00 de sábado às 07:00 de segunda-feira, 28 de março”, escreveu o autarca nas redes sociais.

O recolher obrigatório proíbe os cidadãos de sair de casa nesse período, exceto para se deslocarem para os abrigos em caso de alerta.

Os transportes públicos e o comércio, incluindo farmácias e postos de abastecimento de combustíveis, também estarão impedidos de funcionar.

O Governo do Presidente Volodymyr Zelensky, por seu lado, anunciou o estabelecimento de dez corredores humanitários para permitir a saída da população civil das cidades mais afetadas pelos ataques russos.

De Mariupol, alertou na televisão pública a vice-primeira-ministra, Iryna Vereshchuk, só podem sair veículos privados, já que as tropas russas que cercam a cidade estão a impedir a passagem de autocarros.

Kiev e Moscovo responsabilizam-se mutuamente por os corredores humanitários anteriormente acordados não funcionarem.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou na sexta-feira, após a cimeira da União Europeia em Bruxelas, a intenção do seu país de, em cooperação com a Grécia e a Turquia, participar na evacuação de Mariupol.

Segundo as autoridades ucranianas, estão retidas na cidade cerca de 100.000 pessoas.

O líder francês disse estar em contacto com Zelensky e com o presidente da Câmara de Mariupol para levar a cabo a operação que, afirmou, deverá contar também com o acordo dos militares russos.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.081 mortos, incluindo 93 crianças, e 1.707 feridos, entre os quais 120 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, das quais 3,7 milhões foram para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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