O ainda secretário de Estado do Ambiente, que está fora do país, pediu hoje a demissão, na sequência de ter sido divulgado que nomeara o primo, Armindo Alves, para adjunto do gabinete. Armindo Alves já se tinha demitido na quarta-feira.
Hoje, questionado pelos jornalistas no final de uma conferência sobre alterações climáticas promovida pela Ordem dos Engenheiros, o ministro disse que a nomeação de um novo secretário de Estado “não vai ser nos próximos dias” e negou que a demissão de Carlos Martins possa beliscar o seu próprio cargo.
“Não vejo em quê. O secretário de Estado, de acordo com a lei, fez uma nomeação em 2016. É por demais evidente que nada lhe era exigido sequer, mas ele entendeu, por bem, e de forma generosa, não causar qualquer embaraço ao Governo ao manter-se na posição em que estava e decidiu demitir-se”, o que aconteceu de forma rápida, disse João Pedro Matos Fernandes.
O ministro falou ainda do “excecional trabalho” de Carlos Martins, particularmente na definição de uma nova política para o abastecimento de água, para o ciclo urbano da água, e também dos resíduos, “numa perspetiva de economia circular, que este país não tinha”.
Matos Fernandes já hoje tinha elogiado, em comunicado, o trabalho de Carlos Martins.
O ministro reiterou que “não fazia a mais pequena ideia” da relação familiar e que tal nunca lhe pareceu relevante. “Nunca me meti nessas coisas em nenhuma nomeação de nenhum dos meus secretários de Estado”, disse.
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