O sismo, cujo epicentro se localizou na localidade de Defne, distrito localizado a cerca de quinze minutos de Antaquia, ocorreu às 20h04 locais (17:04 hora de Lisboa) e foi sentido em Antaquia e Adana, 200 quilómetros a norte.

O centro nacional de emergência do serviço de emergência nacional turco (AFAD), que localiza o epicentro do terramoto no bairro de Defne, na própria Antaquia, relatou uma segunda réplica, de magnitude 5,8, com epicentro em Samandag.

Ainda não há dados sobre possíveis novos danos ou vítimas, mas vários repórteres presentes em Antaquia relataram que o tremor causou pânico entre os sobreviventes que estão a viver em tendas, noticiou a agência Efe.

Pelo menos um prédio já meio desmoronado desabou completamente e destroços de outras infraestruturas afetaram veículos estacionados, relatou a estação turca NTV.

Ahmet Ovgun Ercan, geofísico da Universidade Técnica de Istambul, assegurou à estação HalkTV que este terramoto, que estimou de 17 segundos de duração, é um fenómeno normal e antecipou que alguns edifícios já danificados terão desabado.

Desde o terramoto de 6 de fevereiro, praticamente nenhum dos edifícios de Antaquia está habitável, mas há equipas de trabalho de remoção de entulho que podem ter ficado retidas devido a desabamentos.

Além disso, muitos sobreviventes têm o hábito de se reunir em torno de fogueiras em frente a edifícios desmoronados para ajudar na identificação de corpos e podem estar em risco se um edifício sobrevivente vizinho tiver desabado.

"Foi terrível, janelas partidas caíram sobre nós. Todos deixaram as lojas em pânico. Com a escuridão ainda não dá para ver o que aconteceu", realçou Ugur Sahin, repórter do jornal BirGün, à Efe por telefone.

Mais de 44.000 pessoas morreram na Turquia e na Síria na sequência de fortes abalos sísmicos no dia 6: ao terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter - com epicentro em território turco – seguiram-se várias réplicas, uma das quais de magnitude 7,5.

Na sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aumentou para 84,5 milhões de dólares (79 milhões de euros) o pedido internacional de ajuda financeira destinado às vítimas destes sismos.

*Com Agências