É o maior aumento de novos casos desde o início de maio, de acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), o que já levou hoje o ministro da Saúde, Jens Spahn, a reafirmar que, apesar de o sistema de saúde estar a conseguir lidar com a situação, “ela pode desenvolver-se rapidamente”.

O maior número de contágios verifica-se entre os mais jovens, revelou Spahn no canal televisivo ZDF, com consequências menos severas para a saúde, pedindo no entanto atenção à forma como as pessoas lidam umas com as outras”.

“A prioridade para todos deve ser o possível regresso à escola e o retomar da vida económica para que possam ser assegurados os empregos”, salientou o ministro da Saúde.

O aumento do número de casos é justificado, sobretudo, com o regresso das férias e com o bom tempo na Alemanha, que incentiva os jovens à realização de festas ao ar livre.

O início das aulas em vários estados federados também tem registado problemas. Em Berlim, onde o regresso aconteceu na segunda-feira, já foram identificados casos de covid-19 em pelo menos sete escolas, de acordo com informações do jornal “Tagesspiegel”.

Na Baviera, o segundo estado com o maior número de casos desde o início da pandemia de covid-19 (52.436), há cerca de 44 mil testes que não foram contabilizados e cujos resultados não foram transmitidos. Nesse grupo estima-se que se encontrem 900 casos positivos.

De acordo com a ministra da Saúde da Baviera, Melanie Huml, todas as pessoas que realizaram a prova serão informadas do seu resultado durante o dia de hoje. Desde o final de julho, acrescentou, já foram realizados cerca de 85 mil testes.

O maior estado federado do país, e segundo mais populoso, oferece testes gratuitos nas autoestradas, estações de comboio e aeroportos a todos os que regressem à região. Desde sábado, quem regresse de uma zona considerada de risco é obrigado a realizar um teste.

A Alemanha regista um total de 219.964 casos diagnosticados desde o início da pandemia de covid-19, entre os quais 199.500 já foram considerados curados (um aumento de cerca de 700 nas últimas 24 horas).

Segundo o RKI, há mais quatro vítimas mortais em relação ao dia anterior para um total de 9.211.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 743 mil mortos e infetou mais de 20,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.764 pessoas das 53.223 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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