O Jornal de Notícias avança hoje com dados da GNR de que a primeira metade de 2020 representa o período com o número mais baixo de incêndios rurais dos últimos quatro anos, tendo também havido uma redução do número de detenções por fogo posto.

De acordo com o diário, até 28 de junho houve registo de 2037 ocorrências, sendo 1541 por fogos florestais e 496 por fogos agrícolas, registando-se ainda 988 falsos alarmes. Este é o valor mais baixo desde o primeiro semestre de 2016, sendo que, no período homólogo de 2018 e 2019, as autoridades foram obrigadas a agir 5957 e 5947 vezes, respetivamente.

Até agora, já houve 1076 incêndios rurais com investigação concluída, cerca de 57,5% (619) dos mesmos foram causados por negligência e em apenas 11,4% (123) dos casos terão sido fogo posto. Os investigadores, porém, não conseguiram apurar as causas em 28,5% (307) das ocorrências.

Para além da redução dos incêndios, os mesmos dados apontam também para uma diminuição significativa do número das detenções. Entre janeiro e 28 de junho, a GNR deteve 19 incendiários, perto de metade do valor do ano passado (41) e de um quatro das detenções em 2018 (81).

O número de identificações por suspeita de crime também baixou em relação aos últimos anos. Se este ano houve 138 suspeitos identificados de atear incêndios até 28 de junho, o valor foi 370 em 2019 e 701 em 2018.

Segundo avança o JN, as causas para a redução não se prendem apenas com a inibição da atividade criminosa devido à pandemia da covid-19, mas também porque a GNR começou a proceder a patrulhas utilizando drones. Serão 10 drones no país a vigiar espaços de 1114 freguesias onde os postos de vigia e a vigilância terrestre não chegam.