Segundo a guarda fronteiriça, o grupo era constituído por iraquianos e todos os membros serão agora colocados num dos já muito lotados centros de detenção de imigrantes da Lituânia.
A migração ilegal para a Lituânia começou a crescer dramaticamente depois de terem sido impostas novas sanções a funcionários do Governo da vizinha Bielorrússia.
Em julho, cerca de 2.366 migrantes foram detidos, contra 473 em junho e 81 em todo o ano passado.
A Lituânia acusou as autoridades bielorrussas de organizarem passagens de fronteira por pessoas do Médio Oriente e África, enquanto a agência de controlo de fronteiras da União Europeia se comprometeu a aumentar o apoio à Lituânia para ajudar a conter as chegadas.
As autoridades lituanas acreditam que a maioria das pessoas que tentaram entrar no país viajou a partir de Minsk, capital da Bielorrússia, num dos quatro voos semanais que partem do Iraque para aquele país e que transportam até 500 passageiros de cada vez.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, visitou, este mês, Bagdade precisamente para falar sobre este problema com as autoridades iraquianas.
Os planos do Governo lituano para estabelecer novos centros de detenção de migrantes no distrito de Salcininkai provocaram protestos violentos esta semana, com moradores da região a bloquear estradas e queimar pneus e a polícia a usar gás lacrimogéneo para dispersar a multidão.
Destes confrontos resultaram oito manifestantes detidos e dois polícias feridos.
A Lituânia tem acusado o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, de ser responsável pelo novo fluxo de migração, como ato de retaliação.
Desde a reeleição do líder autoritário bielorrusso para um sexto mandato, em agosto de 2020, que o Ocidente tem denunciado como fraudulenta, Lukashenko tem tentado reprimir muitos protestos da oposição no seu país.
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