A notícia é avançada pelo jornal Público, que cita dados da Direcção-Geral da Saúde (DGS). No ano passado os profissionais de saúde apresentaram 1036 queixas por agressões.

O número de episódios de violência contra profissionais de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS) diminuiu, no entanto, relativamente a anos anteriores, estes dados revelam, segundo o jornal, que o problema não se está agravar ou, pelo menos, que os profissionais se estão a queixar menos.

2022 foi o ano com mais episódios reportados dos últimos cinco anos: 1632. Em 2020 e 2021, anos de pandemia provocada pelo covid-19, o número de situações foi inferior, não chegando aos mil em nenhum dos anos: em 2020 foram reportados 825 episódios e em 2021 foram relatados 961.

Em 2023 foi, no entanto, registado um ligeiro crescimento dos episódios relacionados com violência física. Das 1036 situações reportadas em 2023, 14% são referentes a este tipo de violência, um aumento de 3% em relação a 2022. A grande maioria dos episódios é referente a violência psicológica (67%) e assédio moral (12%). Os enfermeiros (35%) e os médicos (28%) continuam a ser as maiores vítimas destas agressões, seguindo-se os assistentes técnicos (23%).

Segundo a DGS, citada pelo Público, 61% das instituições do SNS já têm um plano de segurança e prevenção da violência e 73% implementaram protocolos de atuação em cenário de violência. A autoridade diz ainda que os profissionais de saúde vítimas de episódios de violência contam com uma rede de apoio composta por elementos das forças de segurança e da saúde (dois mil profissionais, no total) desde 2020. Além disso, médicos, enfermeiros e auxiliares do SNS têm tido formações sobre comunicação com utentes, gestão de conflitos e medidas de autoproteção. Outro dos temas das formações tem que ver com "alterações da disposição do mobiliário nos gabinetes, alterações arquitetónicas e gestão das equipas de segurança nos hospitais e centros de saúde", tudo isto em coordenação com os elementos da PSP e da GNR, refere o jornal.