O Grupo de Coordenação Intersectorial da ONU indicou no último relatório que estão no terreno 45 agências e organizações humanitárias para atender às necessidades dos membros da minoria muçulmana rohingya.

Segundo a ONU, o Ministério de Gestão de Desastres do Bangladesh vai começar a registar na quarta-feira as famílias instaladas na expansão do campo de refugiados de Kutupalong, de forma a facilitar as ajudas.

Do total dos refugiados, 221 mil estão alojados em campos “espontâneos”, 196 mil em campos preexistentes e ainda 92 mil dos rohingyas estão em comunidades de acolhimento.

Desde o final de agosto que a Birmânia tem sido cenário de violência depois de um ataque por parte de um grupo rebelde da minoria rohingya contra postos policiais birmaneses ter motivado uma resposta do exército da Birmânia que já foi classificada pela ONU como "limpeza étnica".

A violência e a discriminação contra os rohingyas intensificaram-se nos últimos anos: tratados como estrangeiros na Birmânia, um país em que mais de 90% da população é budista, são a maior comunidade apátrida do mundo.

Desde que a nacionalidade birmanesa lhes foi retirada em 1982, têm sido submetidos a muitas restrições: não podem viajar ou casar sem autorização, não têm acesso ao mercado de trabalho, nem aos serviços públicos (escolas e hospitais).