Uma mulher, ferida nos incêndios que em outubro assolaram o Centro do país, morreu este sábado. Maria Arminda Nogueira Vicente, de aldeia de Chão de Vento, freguesia de Sobral, Mortágua, estava internada no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

A informação foi confirmada ao SAPO24 por Salomé Marques, do gabinete de comunicação daquela unidade hospitalar. À agência Lusa, fonte hospitalar explica que a mulher teria mais de 70 anos.

O número de mortos nos incêndios de outubro sobe, assim, para 49. Recorde-se que, na semana passada, a Comissão Técnica Independente que analisou estes fogos entregou na Assembleia da República um relatório que fixava o número de vítimas mortais nos 48, acima dos números que chegaram a ser noticiados.

A Comissão Técnica Independente que analisou os grandes incêndios rurais de 2017 entregou na terça-feira, no parlamento, o relatório dos fogos de outubro, envolvendo oito distritos das regiões Centro e Norte.

O documento, que atualiza para 48 o número de mortos nesse mês, conclui que falhou a capacidade de "previsão e programação" para "minimizar a extensão" do fogo na região Centro (onde ocorreram as mortes), perante as previsões meteorológicas de temperaturas elevadas e vento.

A junção de vários fatores meteorológicos, descreve, constituiu "o maior fenómeno piro-convectivo registado na Europa até ao momento e o maior do mundo em 2017, com uma média de 10 mil hectares ardidos por hora entre as 16:00 do dia 15 de outubro e as 05:00 do dia 16".

Na página da presidência, Marcelo Rebelo de Sousa apresentou condolências à família da vítima, que faleceu "depois de uma longa agonia", pode ler-se.