“A AD não viabilizará um Governo de esquerda, em primeiro lugar, porque vencerá as eleições e, em segundo lugar, porque a normalidade desapareceu quando o PS governou tendo perdido as eleições e Pedro Nuno Santos esclareceu que não viabilizará um Governo à sua direita, abrindo as portas a uma geringonça 2.0, que seria um desastre para Portugal”, afirmou Nuno Melo, em comunicado.
“As regras têm de ser iguais para todos. Em condições normais quem vence deve governar”, sublinhou o líder centrista.
O presidente dos democratas-cristãos reagia assim a declarações do líder do Chega, André Ventura, que afirmou hoje que a AD admite viabilizar um eventual Governo minoritário do PS com uma maioria de direita no parlamento, apontando um “sentimento de revolta” entre PSD, CDS e Iniciativa Liberal.
“A AD assume que viabilizará um Governo PS, mesmo que haja uma maioria Chega, PSD e IL no parlamento. Este facto motivou nas últimas semanas um enorme sentimento de revolta em muitas hostes de PSD, IL e CDS”, afirmou hoje o líder do Chega.
Na resposta, o presidente do CDS afirmou que “mais do que tresler o pensamento alheio, André Ventura deveria tratar de deixar de ser a muleta útil do PS, nítida no anúncio de que o Chega apresentará uma moção de rejeição a um Governo da AD, fazendo um gigantesco favor ao PS, BE, CDU, PAN e Livre”.
Para Nuno Melo, esta posição do Chega “ajuda a perceber a importância de a AD vencer as eleições em condições de não depender” do número de deputados eleitos do partido de André Ventura.
“Certeza absoluta: quanto mais o Chega crescer, mais o PS ficará próximo de governar”, insistiu.
A AD, continuou, “é a única alternativa estável, lúcida, previsível e com quadros capazes – que não teve de recrutar no refugo de outros partidos – para tirar o PS do poder”, numa alusão à aproximação ao Chega de elementos anteriormente ligados a outras formações partidárias, como o caso do antigo deputado social-democrata Maló de Abreu, que vai integrar as listas do Chega às eleições legislativas de 10 de março.
“Vencer as eleições sem depender dos outros é a principal prioridade que melhor serve os interesses de Portugal”, considerou Melo.
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