“Haverá o lançamento do livro de fábulas ‘África, onde sempre esgaravatamos’, de Ana Filomena Amaral, no dia 10 de junho”, explicou fonte da Arte-Via Cooperativa, uma instituição sem fins lucrativos portuguesa.

Luís Camões, que se estima ter nascido em 1524 e morrido em 1580, é considerado um dos maiores nomes da literatura mundial, ocupando a sua vasta obra, ainda hoje, um lugar cimeiro na história da cultura portuguesa.

Segundo a organização, participam nestas comemorações, que vão decorrer de 08 a 10 de junho, escritores, investigadores e docentes universitários dos dois países.

Trata-se de uma iniciativa conjunta da Cooperativa Artística e Editorial Arte-Via (Lousã) e da Universidade Lúrio (Nampula), Intitulada Camões, Palavras de Fogo, e integra o Progama Nacional das Comemorações do Nascimento de Camões.

Camões escreveu centenas de poemas e três peças de teatro, sendo a sua principal obra, o poema épico “Os Lusíadas”, de 1572 , e viveu na Ilha de Moçambique durante pouco mais de dois anos, entre 1567 e 1569. O poeta integrou referências à Ilha de Moçambique naquela obra.

O programa das comemorações conta com momentos culturais, debates, visitas a monumentos históricos, para além da assinatura de um acordo de cooperação entre a universidade Lúrio e a Arte-Via Cooperativa.

Em abril, após visitar a Ilha de Moçambique, a presidente do instituto Camões, Ana Paula Fernandes, reconheceu a necessidade de priorizar o apoio da cooperação portuguesa a Moçambique nas áreas do ensino da língua, educação, empreendedorismo e cultura.

Ana Paula Fernandes insistiu na importância de a cooperação portuguesa continuar a investir no património e na cultura, enquanto “peça identitária fundamental ao desenvolvimento”.

“Cultura e desenvolvimento é um nexo importantíssimo, como é o nexo segurança e desenvolvimento e, portanto, Portugal continuará a estar aqui disponível para apoiar em matéria de cooperação portuguesa, obviamente, as autoridades moçambicanas no que entendam ser prioritário”, apontou.

A Ilha de Moçambique foi declarada Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em 1991.