Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa apresentaram em 23 de fevereiro um pré-aviso de greve, para 11 e 18 de março, entre as 05:00 e as 09:00, tendo em conta o que descrevem como uma desvalorização dos problemas dos funcionários por parte da administração.
Na nota hoje divulgada, o Metropolitano de Lisboa “agradece a compreensão dos seus clientes e lamenta os eventuais inconvenientes que estas greves possam causar”.
A greve de sexta-feira segue-se à de dia 11 de março, que de acordo com Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), teve uma adesão “elevada”, tendo abrangido o setor operacional e maquinistas.
“[O pré-aviso de greve] tem a ver com as condições de trabalho, a falta de efetivos e o clima por parte da direção relativamente aos trabalhadores, o que perturba o bom funcionamento”, disse na altura a sindicalista, em declarações à agência Lusa.
Os sindicatos pretendem que a empresa “coloque em prática uma série de compromissos assumidos para com os trabalhadores há muito tempo”, adiantou.
A sindicalista considerou que a administração deveria ter em conta os problemas que existem, por exemplo, na área dos maquinistas, que pela sua condição de trabalho no subsolo “deviam ter uma vida mais calma”.
De acordo com a Fectrans, o aviso prévio respeita as decisões dos plenários, pelo que abrange todas as chefias da Direção de Operações, bem como os maquinistas.
Em reposta à Lusa, o Metropolitano de Lisboa disse hoje que se “encontra recetivo às propostas apresentadas pelas entidades sindicais”.
“Trata-se de um processo negocial bilateral com vista a um esforço de aproximação das propostas apresentadas (que têm sido alvo de negociações ao longo dos últimos meses) aos interesses da empresa e dos seus trabalhadores”, referiu o Metro na resposta escrita, salientado que a empresa tem “envidado todos os esforços no sentido da obtenção de um acordo no mais curto espaço de tempo possível”.
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