Bruce Aylward, médico canadiano especialista em emergência, saudou o trabalho desenvolvido por Pequim para conter a doença.

"Devemos estar prontos para gerir isto [uma epidemia] a uma grande escala, e isso deve ser feito rapidamente", mas o mundo "simplesmente não está pronto", disse Bruce Aylward em conferência de imprensa em Genebra, referindo-se à possibilidade de se verificar uma pandemia do novo coronavírus, Covid-19.

"Não estamos prontos como deveríamos", tanto do ponto de vista "psicológico" quanto "material", afirmou.

A missão da OMS visitou várias cidades e províncias chinesas, incluindo Wuhan, berço da epidemia de coronavírus - batizada Covid-19 - para estudar a sua evolução e seus efeitos.

"A avaliação unânime da equipa é que eles [os chineses] mudaram o curso desta epidemia ... É impressionante", disse Bruce Aylward, um veterano na luta contra a epidemia do Ébola.

"Se tiver Covid-19, quero ser tratado na China", acrescentou, a título de exemplo, destacando os esforços desse país para equipar hospitais e construir novos.

"A China sabe como manter vivas as pessoas com coronavírus", disse, exortando o resto da comunidade internacional a estar mais preparado.

A epidemia do novo coronavírus atingiu o seu pico na China entre 23 de janeiro e 02 de fevereiro, diminuindo o número diário de novos casos desde então, segundo a OMS.

Na China, o vírus infetou cerca de 77.000 pessoas, das quais 2.600 morreram.

O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.707 mortos e cerca de 80.300 pessoas infetadas, de acordo com dados reportados até hoje, por cerca de 30 países.

Além de 2.665 mortos na China, onde o surto começou no final do ano, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França e Taiwan.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência internacional, e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão, nos últimos dias.

Em Portugal, já houve 15 casos suspeitos, que resultaram negativos após análises, e está ainda em avaliação um homem, hospitalizado hoje, no Porto.

O único caso conhecido de um português infetado pelo novo vírus é o de um tripulante de um navio de cruzeiros que está hospitalizado no Japão.

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