Von der Leyen, o novo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, e a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, juntaram-se hoje na Casa da História Europeia, em Bruxelas, para assinalar, numa curta cerimónia, a entrada em funções do novo executivo comunitário, mas também dos 10 anos do Tratado de Lisboa, que todos foram unânimes em elogiar, considerando que capacitou a União para enfrentar os novos desafios.
“Penso que não poderia haver melhor dia para começar o trabalho do que este aniversário. Nós somos os guardiões dos Tratados e, de uma forma muito especial, nós somos os custodiantes do Tratado de Lisboa”, declarou a presidente do executivo comunitário, que assumiu a responsabilidade conjunta dos novos líderes das instituições da UE de “deixar uma União mais forte do que aquela herdada”.
Referindo-se ao local da cerimónia, a Casa da História Europeia, Von der Leyen observou que este museu “mostra o tesouro herdado, um continente em paz, com direitos e liberdades, um mercado único com oportunidades económicas sem precedentes”, e disse ser dever de todos “preservar este tesouro”.
“Mas a Europa não é só uma herança, a Europa é também uma promessa, a Europa é futuro, algo que temos todos de construir, tijolo a tijolo, dia a dia”, sublinhou, deixando então a garantia de que todos trabalharão nos próximos anos no sentido de ir ao encontro dos “sonhos e aspirações dos europeus”.
Também hoje a iniciar funções, o novo presidente do Conselho Europeu sublinhou na sua intervenção que o Tratado de Lisboa “tornou possível muitos progressos na União Europeia”, disponibilizando “novas ferramentas para fazer face aos novos desafios”, e, passados 10 anos da sua entrada em vigor, é mais atual do que nunca.
Charles Michel comentou que “uma importante reforma” do Tratado assinado na capital portuguesa em dezembro de 2007 permite enfrentar com outra força o grande desafio do combate às alterações climáticas, pois “deu à União Europeia uma nova personalidade legal”, permitindo-se assinar como um todo “tratados internacionais vitais, como o Acordo de Paris” sobre o clima.
“Hoje celebramos um novo início, com grande entusiasmo e esperança. Inspiremo-nos neste tratado para levar a cabo as reformas positivas necessárias para ir ao encontro das expectativas, justas e ambiciosas, dos cidadãos europeus”, disse o presidente do Conselho Europeu, figura institucional criada precisamente pelo Tratado de Lisboa.
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