Na noite sábado, na Coreia do Sul, pelo menos 150 pessoas morreram e cerca de 150 ficaram feridas numa debandada no centro de Seul, segundo o último balanço feito pelas autoridades sul-coreanas, naquele que é um dos maiores incidentes da história moderna do país.

O que aconteceu?

No centro de Seul dezenas de milhares de pessoas, muitas fantasiadas, estavam a celebrar o Halloween pela primeira vez desde a pandemia de covid-19 e muitas foram esmagadas até à morte quando uma grande multidão avançou por uma rua estreita.

O distrito de Itaewon, perto de uma antiga base militar dos Estados Unidos e conhecido pela sua atmosfera cosmopolita, bares e todos os tipos de locais de festa num labirinto de becos estreitos, transformou-se num local com corpos alinhados no pavimento tapados com cobertores ou outras mortalhas improvisadas, massagens cardíacas realizadas na rua por transeuntes a pedido de bombeiros sobrecarregados, e pessoas disfarçadas ou em traje formal a correr em pânico.

O acidente, um dos piores da história recente da Coreia do Sul, aconteceu perto do Hotel Hamilton, numa avenida principal rodeada por vielas íngremes e inclinadas.

Os meios de comunicação locais disseram que cerca de 100.000 pessoas afluíram às ruas de Itaewon para as festividades de Halloween, que foram as maiores desde o início da pandemia de covid-19.

Como está a reagir a Coreia do Sul?

O Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol anunciou hoje o início de um período de luto nacional após a morte de, pelo menos 150, pessoas na noite de Halloween em Seul e prometeu uma "investigação aprofundada" para apurar as causas.

Yoon Suk-yeol declarou o luto nacional "até que o acidente esteja sob controlo" e prometeu dar "como prioridade máxima" a investigação ao caso, num discurso dirigido à nação.

Há registo de portugueses entre as vítimas do incidente?

Ministério dos Negócios Estrangeiros português está a seguir os acontecimentos após a tragédia na Coreia do Sul durante os festejos do Halloween, mantendo contacto com as autoridades que não identificaram qualquer português entre as vítimas, segundo fonte oficial.

Fonte do MNE português disse à Lusa que não existe, até ao momento, notícia de qualquer cidadão português entre as vítimas, situação que continua a acompanhar.

Na rede social Twitter, o MNE português expressou a sua “mais sentida solidariedade com o povo sul-coreano e as suas autoridades no rescaldo do trágico incidente em Seoul”.

“Os nossos pensamentos estão com todos os afetados e com aqueles que prestam assistência de emergência neste momento difícil”, lê-se na mensagem.

Também através da rede social Twitter, o primeiro-ministro português transmitiu uma mensagem de solidariedade a todos os que foram afetados pelo “incidente trágico”.

“Portugal está solidário com a Coreia do Sul e todos aqueles que foram afetados pelo incidente trágico ocorrido em Seul. As nossas sinceras condolências a todas as famílias que estão de luto pela perda dos seus entes queridos”, escreveu António Costa.

Por seu lado, o Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou ao chefe de Estado sul-coreano, Yoon Suk Yeol, uma mensagem de condolências e solidariedade por esta tragédia.

Como reagiu  mundo?

Vários lideres mundiais enviarem mensagens de condolências e de solidariedade às autoridades sul-coreanas, como o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que disse que os Estados Unidos estão “ao lado” da Coreia do Sul, enviando “os melhores votos de rápida recuperação a todos os que ficaram feridos”.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, também se mostrou solidário para com o povo de Seul e de todo o país. "A França está ao vosso lado", acrescentou o chefe de Estado na rede social Twitter.

O Governo venezuelano foi outro dos que se solidarizou com os familiares das vítimas e com o povo da Coreia do Sul e num comunicado fez votos de rápida recuperação dos feridos.

Na oração do Angelus, a partir da Praça de São Pedro, Francisco pediu aos fiéis para rezarem “pelas numerosas pessoas, em particular jovens, que morreram ontem [sábado] à noite, consequência trágica” da sobrelotação repentina.