À 01h25 de domingo (hora local), uma pessoa armada apareceu na discoteca Reina, no coração de Istambul, e abriu fogo contra as pessoas que estavam na entrada, segundo o governador do Istambul, Vasip Sahin.

Depois de entrar na discoteca, o atirador disparou aleatoriamente contra a multidão.

Trinta e nove pessoas morreram no ataque, outras 65 ficaram feridas foram tratadas no hospital, disse o ministro do Interior, Süleyman Soylu. Foram identificados 20 mortos, 15 dos quais eram estrangeiros, e 5 turcos.

O primeiro-ministro turco, Binali Yildrim, disse que o agressor, aproveitando-se do caos na discoteca, conseguiu fugir.

Yildrim também qualificou como "infundadas" as informações da imprensa de que o autor do massacre estaria vestido de Pai Natal e acrescentou que ele teria deixado a arma no local.

Algumas testemunhas disseram ter ouvido o agressor a falar árabe, mas as autoridades não confirmaram esta versão, por enquanto.

De acordo com o canal de notícias NTV, várias pessoas mergulharam nas águas geladas do estreito de Bósforo para escapar do tiroteio.

A discoteca Reina é uma emblemática casa noturna de Istambul, localizada em Ortaköy, um bairro do distrito de Besiktas, no lado europeu da cidade.

De acordo com a agência de notícias turca Dogan, pelo menos 700 pessoas estavam na discoteca para comemorar a chegada do Ano Novo.

A discoteca Reina é um lugar exclusivo, de difícil acesso, e está situada a poucas centenas de metros do espaço onde aconteciam as celebrações oficiais do Ano Novo, às margens do Bósforo.

O ataque ainda não foi reivindicado, mas a Turquia sofreu muitos atentados atribuídos ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) ou vinculados aos rebeldes separatista do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que atingiram principalmente Istambul e Ancara.

Depois de um ano de 2016 sangrento, as autoridades turcas tinham anunciado a mobilização de 17.000 polícias na cidade por ocasião das celebrações do Ano Novo.

Integrante da coligação internacional que combate o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque, a Turquia iniciou em agosto uma ofensiva no norte da Síria para repelir os extremistas e empurrá-los para o sul, mas também contra as milícias curdas sírias.

Rebeldes sírios apoiados pelo exército turco cercam há várias semanas a cidade de Al Bab, um reduto do EI no norte da Síria.

Em resposta a estas operações militares, o grupo EI ameaçou em várias ocasiões atacar a Turquia, que se tornou um dos principais alvos dos extremistas.