Para a líder centrista, a morte de Rui Pena significa a “perda profunda de um verdadeiro democrata-cristão, um homem sábio e sensato, dedicado a Portugal e aos princípios éticos”, “um político com um grande sentido de Estado e um maior ainda sentido humanista”.
Rui Pena, ministro da Reforma Administrativa do II Governo Constitucional chefiado por Mário Soares e da Defesa Nacional no segundo Governo de António Guterres (1999/2002), morreu hoje de manhã, aos 78 anos, em Lisboa, informou o escritório de advogados que fundou.
Assunção Cristas recordou, numa nota escrita enviada à Lusa, como, há cerca de um ano, na homenagem aos antigos líderes parlamentares, “Rui Pena pediu a palavra e, de improviso, discursou e emocionou todos os presentes”.
Na nota do CDS, destaca-se que Rui Pena foi “advogado e referência do Direito Administrativo, ministro da Reforma Administrativa e ministro da Defesa Nacional (no II e no XIV Governos Constitucionais)”, deputado e líder parlamentar dos centristas.
“Um dos impulsionadores da Aliança Democrática, europeísta e atlantista, foi sempre um democrata-cristão, acima e à parte dos partidos, um defensor de políticas reformistas pela inclusão social e contra a pobreza”, lê-se na nota.
O CDS apresenta condolências à família, colegas e aos amigos de Rui Pena.
Rui Rodrigues Pena nasceu em Torres Novas, em 25 de dezembro de 1939, formou-se na Faculdade de Direito de Lisboa, teve militância no CDS, tendo sido ministro da Defesa no Governo de António Guterres, nos anos 90.
Militante do CDS após o 25 de abril de 1974, foi ministro da Reforma Administrativa no Governo PS-CDS, liderado por Mário Soares, em 1978.
Pertenceu e fundou, anos mais tarde, o Movimento Humanismo e Democracia (MHD) que firmou um acordo com o PS em 1995, então liderado por António Guterres, que chegou a eleger deputados, como independentes, nas listas socialistas, que vigorou até 2011.
De 2000 a 2001, foi ministro da Defesa no segundo Governo de António Guterres.
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