"O nosso objetivo é procurar articular posições com o Governo para que o Governo possa apresentar-se em Bruxelas com o conforto de um grande consenso nacional. Queremos dar força negocial às posições de Portugal junto da União Europeia", defendeu Castro Almeida, em declarações à agência Lusa.
O vice-presidente do PSD explicou que as conversações com o Governo vão desenrolar-se em dois planos, numa primeira fase sobre as negociações do próximo ciclo de fundos europeus e, numa segunda fase, sobre "questões internas" portuguesas, relativamente às quais o consenso é "mais exigente" e "mais difícil".
A primeira fase será de preparação da posição que Portugal vai ter perante a Comissão Europeia e “tem a ver com o volume de fundos, designadamente, e com as grandes orientações dos fundos", afirmou Castro Almeida.
Esta primeira fase "tem de estar encerrada antes do verão, se não, deixa de ser útil", declarou.
Numa segunda fase, o PSD e o Governo abordarão "questões internas": "Dentro de Portugal, as autoridades portuguesas têm uma grande margem de manobra e, nessa margem de manobra, procuraremos também articular posições com o Governo para tomar uma posição o mais possível consenso".
"Para esta segunda fase, o acordo é mais exigente, é mais difícil, exige uma maior disponibilidade para diálogo e para consensualizar posições", afirmou.
Segundo Castro Almeida, na primeira reunião que terá com o ministro do Planeamento, Pedro Marques, que está marcada para terça-feira, serão tratados os pontos em que devem "procurar um consenso", bem como "definir uma metodologia de trabalho" e um calendário.
"É um primeiro encontro, que visa estabelecer o quadro do trabalho futuro", afirmou.
"Estas coisas para serem sérias, exigem trabalho sério, não estamos preocupados em apressar notícias, ‘sound-bites'", vincou.
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