Em causa um projeto de consolidação cuja data de arranque tem vários anos, isto depois de vários relatórios do Laboratório Nacional de Engenharia Civil avançarem que a escarpa, onde estão instalados, entre outros equipamentos, o Mosteiro e o Quartel da Serra do Pilar, apresenta sinais de instabilidade.

Hoje, numa reunião camarária descentralizada que decorreu na junta de Gulpilhares, foi votada uma prorrogação de prazo da obra por mais oito meses.

Eduardo Vítor Rodrigues explicou que os dias de chuva obrigaram a paragens: “Por cada intempérie de quatro ou cinco dias, tiveram de parar várias semanas para tudo estabilizar e secar. Infelizmente, aconteceu assim, mas esta prorrogação não tem ónus financeiro para o município.

A proposta foi aprovada por unanimidade.

Além da consolidação da escarpa, o projeto inclui ligações pedestres como uma entre a cota alta e a baixa e o reforço de ligação entre o passadiço ribeirinho que existe na Afurada e será prolongado a Lever.

“Infelizmente, o procedimento esteve mais de dois anos parado no Tribunal de Contas (TdC) por causa de uma impugnação e mais dois meses por um conflito com ex-moradores. Mas esta é uma obra muito importante, quer porque a situação constituía risco para pessoas e para monumentos Património da Humanidade, quer porque altera a imagem do concelho”, referiu Eduardo Vítor Rodrigues.

Em outubro de 2018, o autarca revelou que recebeu o visto do TdC, estando pronto para avançar com a obra, sendo que a demora no arranque quase levou a perda de fundos, o que significava não encaixar três milhões de euros, 90% do total do valor da empreitada, cabendo à autarquia o pagamento dos restantes 10%.

Em fevereiro de 2016 o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, classificou a área da escarpa da Serra do Pilar como "uma das quatro maiores zonas de risco de derrocada do país".