Segundo uma informação publicada no ‘site’ da autarquia lisboeta, “as obras na estação fluvial Sul e Sueste já começaram e, até ao final deste ano, os barcos deverão regressar ao histórico edifício junto ao Terreiro do Paço, que durante décadas assegurou o acesso ao comboio no Barreiro”.
Na mesma nota, o município adianta que o “projeto retoma as linhas originais desenhadas em 1929 pelo arquiteto Cottinelli Telmo”.
Em setembro de 2016, o Estado cedeu as instalações da antiga estação junto ao Terreiro do Paço à câmara, através de um protocolo de cedência de utilização.
Na cerimónia de assinatura do protocolo, o diretor-geral da Associação Turismo de Lisboa (ATL), responsável pela gestão do equipamento, anunciou que a antiga estação fluvial, classificada como Monumento de Interesse Público, iria ser alvo de reabilitação, num investimento de sete milhões de euros.
Vítor Costa explicou na altura que a intervenção necessária abrangerá o edifício da estação e também o espaço público envolvente, até ao Torreão Nascente do Terreiro do Paço, por forma a "criar boas condições operacionais e financeiras para as atividades que aproveitam o rio para recreio".
Na zona exterior, "mantêm-se os pontões para as embarcações de maior porte" e será também construído um "novo pontão mais pequeno, para barcos de recreio, barcos tradicionais e à vela", precisou o responsável.
Segundo o diretor-geral da ATL, o projeto para a zona exterior contempla esplanadas, a manutenção da circulação automóvel, um aumento do espaço verde "dentro do possível", a "valorização dos espaços públicos" e ainda a retirada do "aterro que foi feito quando se construiu o metro", o que vai permitir "a reconstrução do muro das namoradeiras".
Já no interior, "serão recolocados os painéis de azulejos que estão guardados", serão retirados os acrescentos que servem de contenção ao edifício e "serão repostos os elementos do projeto inicial", do arquiteto Cottineli Telmo, dos anos 30 (do século passado).
Vítor Costa não quis apontar uma data para o início dos trabalhos, mas afirmou que o objetivo era que a intervenção terminasse no final de 2017.
Em março do ano passado, a Câmara Municipal de Lisboa aprovou o projeto de arquitetura para a estação fluvial Sul e Sueste, que será um terminal de atividades marítimo-turísticas.
Cerca de um mês antes, questionado sobre a razão do atraso nas obras, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (PS), explicou que se prende com questões técnicas que estão a ser analisadas com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, por forma a não por em risco a estrutura do Metropolitano.
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