Na cerimónia que assinalou o 15.º aniversário da Unidade Especial de Polícia (UEP) da PSP, que integra o Corpo de Intervenção, José Luís Carneiro avançou com o lançamento do concurso e realização das obras, “tão urgentes para dar melhorar condições e dignidade aos polícias” do CI.

“Até meados de maio lançaremos o concurso para melhorar as infraestruturas numa unidade muito especial e exigente”, precisou o ministro.

Há muitos anos que os polícias que fazem parte do Corpo de Intervenção se queixam das condições das instalações policiais na Ajuda.

Fonte do gabinete do ministro da Administração Interna disse à Lusa que o concurso público terá um preço base de 1,137 milhões de euros, acrescido de IVA, sendo objetivo desta empreitada “dar continuidade ao propósito de reabilitar o edifício do Corpo de Intervenção, reforçando a sua funcionalidade, salubridade, segurança e habitabilidade”.

Criada a 5 de maio de 2008, a UEP constitui-se como unidade de reserva da PSP especialmente vocacionada para operações de manutenção e restabelecimento da ordem pública, resolução e gestão de incidentes críticos, intervenção tática em situações de violência concertada e de elevada perigosidade, complexidade e risco, segurança de instalações sensíveis e de grandes eventos, segurança pessoal dos membros dos órgãos de soberania e de altas entidades, inativação de explosivos e segurança em subsolo e aprontamento e projeção de polícias para missões internacionais.

Segundo a PSP, a UEP desenvolve anualmente, em média, cerca de 2.900 missões, na sua maioria de apoio a policiamentos de maior complexidade ou risco, reforço de patrulhamento, segurança a instalações críticas e sensíveis, apoio à estrutura de investigação criminal, bem como a segurança a altas entidades e proteção de testemunhas.

Além do Corpo de Intervenção, a UEP compreende o Grupo de Operações Especiais (GOE), Corpo de Segurança Pessoal (CSP), Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo (CIEXSS) e Grupo Operacional Cinotécnico (GOC).

No discurso, José Luís Carneiro afirmou também que, em breve, Portugal terá “uma das mais complexas operações de segurança”, referindo-se à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realiza em Lisboa de 1 a 6 de agosto e contará com a presença do Papa Francisco e de cerca de 1,5 milhões de jovens.

“Sei que estão prontos e têm vindo a trabalhar com o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna”, que está a coordenar a operação de segurança da JMJ, disse.