Setenta municípios receberam hoje, em Coimbra, a Bandeira Verde de Autarquia Familiarmente Responsável, que representam quase mais 15% do que os municípios distinguidos em 2017, que foram 61.

O acréscimo de câmaras premiadas tem sido constante ao longo dos dez anos da iniciativa do OAFR, tal como das autarquias participantes no inquérito, sublinhou Maria Teresa Ribeiro, do Observatório, durante a sessão de entrega das bandeiras, hoje, ao final da tarde, no auditório do CEFA/Fundação para os Estudos e Formação Autárquica, em Coimbra.

Este ano candidataram-se ao galardão 130 municípios (42% do total nacional), mais 15 do que em 2017 e mais 92 do que em 2009 (ano da estreia da iniciativa), tendo sido distinguidos mais nove e mais 57 do que em 2017 e 2009, respetivamente.

Das 70 autarquias distinguidas este ano, sete receberam a bandeira pelo décimo ano consecutivo – Angra do Heroísmo, na ilha Terceira (Açores), Cantanhede (distrito de Coimbra), Torres Novas (Santarém), Torres Vedras (Lisboa), Vila de Rei (Castelo Branco), Vila Real de Santo António (Faro) e Vila Real.

Receberam a bandeira pela primeira ou segunda vez 13 câmaras municipais, enquanto as restantes 50 já foram premiadas três ou mais vezes.

O Observatório – que foi criado, em 2008, pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) – avalia iniciativas dos municípios em áreas relacionadas com os apoios prestado à maternidade e paternidade e às famílias com necessidades especiais, com medidas de conciliação entre trabalho e família, com serviços básicos, com a educação, a habitação, os transportes, a saúde, a cultura, o desporto e tempos livres e a participação social, recordou, durante a sessão Rita Mendes Correia, presidente da APFN.

Ao promoverem políticas familiarmente responsáveis, os municípios estão “a cumprir o seu desígnio” – com “melhores famílias, as comunidades ficam melhor” –, estão, “afinal, a cumprir a Constituição da República”, sustentou Manuel Machado, presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

“Não somos muito devotos de ‘rankings’, pois cada terra, cada autarquia tem as suas características, a sua especificidade, as suas necessidades”, estratégias e objetivos, disse Manuel Machado, que não pode, no entanto, “deixar de felicitar esta iniciativa do Observatório”.

A Bandeira Verde de Autarquia Familiarmente Responsável é sobretudo “uma motivação, um desafio” que “merece ser ampliado, que merece aumentar o número” de municípios participantes, pois “quando mais forem familiarmente responsáveis, melhor ficam as comunidades e melhor fica o País”, concluiu, Manuel Machado, que também é presidente da Câmara de Coimbra.