“Este ano, nós vamos pela primeira vez ter um défice não só claramente abaixo dos 3%, como abaixo dos 2,5% propostos pela Comissão Europeia, e o défice proposto no orçamento do próximo ano cumpre também aquilo que são os nossos compromissos com a União Europeia, portanto não antevejo nenhuma dificuldade especial na apreciação pela Comissão Europeia da nossa proposta de orçamento”, disse o chefe do Governo.
António Costa, que falava no final de uma cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), na mesma semana em que o Governo entregou em Bruxelas o projeto orçamental para o próximo ano, rejeitou qualquer cenário de “drama” em torno da aprovação do OE2017, apontando que “verdadeiramente nunca houve drama ao longo de todo este ano” e “as relações hoje com a UE estão bastante serenas e calmas e descontraídas”.
“(Para) Qualquer questão que seja colocada, encontraremos também uma resposta se for o caso, mas à partida não vejo que tipo de questões sejam suscitadas”, disse, argumentando que se se comparar os objetivos de execução orçamental de Portugal com os de vários outros países, e os resultados alcançados, não há qualquer motivo para que “haja muita preocupação por parte da Comissão Europeia”.
“Ainda ontem [quinta-feira], o presidente do BCE notou os progressos notáveis que Portugal tem registado ao longo deste ano, por isso acho que só há bons motivos para encararmos com tranquilidade aquilo que venha a ser a apreciação por parte da UE”, completou.
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