"O regime simplificado e o ataque que está a ser feito é muito negativo para os trabalhadores independentes, se considerarmos que 85% dos agricultores estão nesse regime, é, de facto, trágico para o mundo rural e da agricultura", defendeu Assunção Cristas aos jornalistas.
À saída de uma reunião com a direção da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), em Lisboa, a líder centrista prometeu bater-se contra o que considerou ser um "ataque brutal ao regime dos trabalhadores independentes", que para os agricultores significa um "agravamento nos seus impostos de uma dimensão impensável".
O presidente da CAP, Eduardo de Oliveira e Sousa, recusou qualquer recuo no regime simplificado tal como existe, sublinhando que foi desenhado a pensar "na particularidade do setor agrícola".
De acordo com o presidente da CAP, com as alterações que constam da proposta de Orçamento enviada pelo Governo ao parlamento há "agricultores que verão os seus valores a pagar de IRS multiplicados por cinco ou por seis, ou seja, 500 ou 600%".
"Estamos em crer que, agora ao nível dos senhores deputados, no parlamento, terão em conta a especificidade do setor e não será levada por diante essa matéria, tal como está desenhada", expressou.
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