Numa conferência de imprensa no domingo, o chefe de polícia de Akron, Stephen Mylett, admitiu que as imagens eram “chocantes” e “difíceis de assistir”.

Mylett disse que os agentes tentaram parar o veículo em que Jayland Walker viajava às 12h30 de segunda-feira (15h30 em Lisboa) por uma infração de trânsito e, como este não parou, iniciaram uma perseguição de carro.

Durante a perseguição, Walker terá disparado uma vez contra os polícias, algo que a família do jovem nega.

Pouco depois, Walker saiu do veículo e iniciou uma fuga a pé, enquanto os agentes o perseguiam e disparavam, considerando-o uma “ameaça mortal”, segundo um comunicado divulgado na terça-feira pela polícia de Akron.

Walker, 25, foi mais tarde declarado morto no parque de estacionamento para o qual havia fugido.

De acordo com a imprensa local, os polícias dispararam mais de 90 balas contra Walker.

“Eles acertaram nele 60 vezes”, denunciou na rede social Twitter a organização Black Lives Matter.

Manifestantes concentraram-se a partir de quarta-feira à frente da câmara municipal e da esquadra da polícia em Akron, conhecida por ser a cidade natal da estrela de basquetebol LeBron James.

O advogado da família de Walker, Bobby DiCello, pediu que as manifestações decorram de forma pacífica.

Alguns dos vídeos divulgados pela polícia na conferência de imprensa vieram das câmaras instaladas nos uniformes dos agentes.

Os oito polícias envolvidos na morte foram suspensos administrativamente até ao fim do inquérito judicial.

A Câmara Municipal decidiu quinta-feira cancelar um festival anual previsto para o fim de semana prolongado do feriado nacional americano, que se celebra hoje, por considerar que “não era altura para festividades”.