O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, convocou o Comité de Emergência da organização para que avalie esta possibilidade e as recomendações a seguir se for declarada a emergência de saúde pública internacional, aplicável às epidemias mais graves.
A reunião foi agendada depois de conhecido um aumento significativo de casos de infeção respiratória (pneumonia) por um novo coronavírus (um grupo de vírus), que ultrapassam os 200, incluindo três mortes, a maioria na cidade chinesa de Wuhan.
O mesmo coronavírus foi detetado nas cidades chinesas de Pequim e Shenzhen, em três pessoas que tinham estado recentemente em Wuhan, mas também na Tailândia, no Japão e na Coreia do Sul.
O novo coronavírus é semelhante ao que provoca a Síndrome Respiratória Aguda Grave, mais conhecida como pneumonia atípica, que infetou os primeiros doentes no sul da China em 2002 e se espalhou a mais de vinte países, matando quase 800 pessoas, e a Síndrome Respiratória do Médio Oriente, que foi identificada pela primeira vez em 2012 na Arábia Saudita, estendendo-se a 27 países e que levou à morte de mais de 850 pessoas.
Segundo o investigador Zhong Nanshan, especialista em doenças respiratórias da Comissão Nacional de Saúde chinesa, o coronavírus transmite-se por contágio humano.
A OMS admite que um animal é "a fonte primária mais provável" de contágio, havendo "uma transmissão limitada de humano para humano por contacto próximo".
A emergência de saúde pública internacional foi declarada para as epidemias da gripe suína, em 2009, do vírus Zika, em 2016, e do vírus Ébola, que atingiu uma parte da África Ocidental, de 2014 a 2016, e a República Democrática do Congo, desde 2018.
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