“Numa altura em que o conflito entra no sétimo ano, este é o pior desastre provocado pelo homem que o mundo vê desde a II Guerra Mundial”, disse Zeid Ra’ad Al Hussein.
Mais de 320.000 pessoas foram mortas e milhões forçadas a fugir das suas casas desde que o conflito começou, em março de 2011, quando protestos contra o Presidente Bashar al-Assad se transformaram numa guerra após a repressão governamental.
Numa declaração ao conselho de Direitos Humanos da ONU, Zeid disse que o seu gabinete foi impedido de aceder ao país e que nenhum observador internacional de direitos humanos foi admitido em lugares onde “muito provavelmente dezenas de milhares de pessoas estão retidas. São lugares de torturas”.
“Com efeito, todo o conflito, este imenso maremoto de derramamento de sangue e atrocidade, começou com tortura” disse, citando como exemplo a tortura de um grupo de crianças por forças de segurança devido a um graffiti há seis anos.
“Hoje, num sentido, todo o país se tornou uma câmara de tortura, um lugar de horror selvagem e injustiça absoluta”, afirmou.
As Nações Unidas e outras organizações têm repetidamente acusado as autoridades sírias de tortura generalizada.
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