Segundo o ministro do Planeamento de Angola, Victor Hugo Guilherme, estes recursos devem ser avaliados a meio deste período, sendo também medido o impacto das atividades desenvolvidas nas comunidades e na sociedade angolana em geral.
Victor Hugo Guilherme, que discursava na cerimónia de lançamento do novo quadro de cooperação entre as duas entidades, frisou que o mesmo está alinhado com as prioridades nacionais que constam na Estratégia de Desenvolvimento de Longo Prazo Angola 2050, com maior detalhe no Plano Nacional de Desenvolvimento 2023-2027, na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e na Agenda 2063 da União Africana.
Em declarações à imprensa, a coordenadora das Nações Unidas em Angola, Zahira Virani, adiantou que as Nações Unidas já mobilizaram um terço (215,3 milhões de dólares) das necessidades financeiras, para a implementação dos projetos e programas previstos para os próximos cinco anos, mas precisam mais parceiros.
“Nós temos os nossos parceiros – a União Europeia, os Estados Unidos, a Noruega, Suíça, o Banco Mundial – mas precisamos captar mais recursos, do setor privado, por exemplo, procurar outros parceiros que não estão no país este momento”, disse.
Zahira Virani frisou que o novo quadro de cooperação foi elaborado “de maneira bem estreita” com o Plano Nacional de Desenvolvimento, sendo quatro os pilares de prioridades, os chamados quatro P (Pessoas, Paz, Prosperidade e Planeta).
A coordenadora da ONU em Angola avançou que as duas partes vão trabalhar para melhorar a educação, saúde, acesso aos serviços, proteção social, boa governação, democracia, na liderança regional no continente para a paz e estabilidade, crescimento económico, diversificação económico, mudanças climáticas e desastres naturais.
“Um crescimento económico mais inclusivo, mais equitativo, que não vai deixar ninguém para trás, que vai concentrar as nossas atividades especialmente com as populações mais vulneráveis – mulheres, jovens, pessoas com deficiência”, sublinhou.
A mesma responsável considerou importante as parcerias também para se atingir as metas traçadas, destacando que passaram de 19 para 25 as agências das Nações Unidas que vão trabalhar em Angola.
“Mas nós não vamos conseguir sozinhos, precisamos de parceiros bilaterais, multilaterais, Governo de Angola, sociedade civil e o setor privado”, referiu Zahira Virani.
Faltando seis anos para se atingir as metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, frisou que o novo quadro de cooperação concentra os esforços neste sentido.
“Estamos a redobrar, a focar, as nossas atividades para atingir por exemplo a segurança alimentar, que é fundamental, saúde, educação, estamos a concentrar neste quadro de cooperação atividades neste sentido, para tentar acelerar o alcance das metas 2030”, vincou, admitindo que os resultados “não são de um dia para o outro”, mas é importante haver “vontade e investir nessas áreas”.
“Na minha opinião, estamos num bom caminho, temos que absolutamente redobrar os nossos esforços”, disse.
Vítor Hugo Guilherme reafirmou o compromisso do Ministério do Planeamento para coordenar e monitorar a implementação deste quadro, de forma a assegurar que as ações sejam desenvolvidas de acordo com as prioridades nacionais e os objetivos traçados.
O ministro angolano frisou que a esta cooperação “reveste-se de grande importância, de grande significado” para a relação entre as partes, “visando uma cooperação mais ativa e participativa conducente à realização dos compromissos assumidos”.
“Ela representa um virar da página, porque afigura-se como a concretização do planeamento sistematizado e coordenado de todas ações de desenvolvimento sustentável que ocorrem no país”, disse.
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