Através do seu porta-voz, António Guterres salientou que está a acompanhar com uma “preocupação crescente” os recentes incidentes, incluindo a alegada sabotagem de quatro petroleiros no Golfo Pérsico, e o “endurecimento da retórica”.
“É uma região muito volátil e acreditamos que um aumento da retórica e os incidentes só podem levar a uma maior desestabilização desta zona do mundo”, disse o porta-voz, Stéphane Dujarric.
Os Estados Unidos ordenaram hoje a retirada de pessoal não essencial da sua embaixada no Iraque, um país onde o Irão tem uma forte influência e onde Washington diz ter detetado indícios de possíveis agressões iranianas.
Na semana passada, o Governo dos Estados Unidos decidiu enviar o porta-aviões USS “Abraham Lincoln” para o Golfo Pérsico, bem como o navio de assalto anfíbio USS “Arlington”, mísseis ‘patriot’ e bombardeiros.
Por outro lado, o ministro da Defesa iraniano, Amir Hatamí, denunciou que os Estados Unidos lançaram “uma ofensiva contra o povo iraniano” e assegurou que as Forças Armadas estão preparadas para responder.
A tensão aumentou desde que Washington anunciou em abril o fim das isenções concedidas a oito países ou territórios para continuar a comprar petróleo do Irão.
Como resultado, as autoridades iranianas ameaçaram bloquear o estratégico estreito de Ormuz, por onde passa grande parte do petróleo mundial, se as sanções impedirem as suas exportações de petróleo, vitais para a economia do país.
“O secretário-geral pede que todos os atores exerçam o máximo de contenção e evitem qualquer escalada em face das altas tensões”, disse o porta-voz de António Guterres.
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