“Os conflitos, em particular as crises prolongadas, vão continuar a representar a causa principal das necessidades em 2018″, explicou o secretário-geral adjunto da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Assuntos Humanitários, Mark Lowcok, em comunicado.
O responsável afirmou que, em 2018, “um número maior de pessoas que nunca precisou de assistência” irá agora precisar, estimando que “136 milhões de pessoas vão precisar de ajuda humanitária em 26 países”, ou seja, mais 5% face a este ano.
Os fundos agora pedidos representam uma subida de 1% em relação aos angariados em 2017, o que constitui “um novo recorde”.
Destes 18,9 mil milhões de euros, 6,42 mil milhões serão destinados à crise síria, que dura desde 2011 e que continuará a ser uma prioridade para a ONU no próximo ano.
O Iémen, que vive uma das maiores crises humanitárias a nível mundial, será a segunda prioridade, com a ONU a pedir 2,1 mil milhões de euros (mais 7%) para conseguir apoiar 10,8 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade, ou seja, um pouco menos de metade das pessoas que realmente necessitam de apoio neste país.
Entre as outras crises maiores relativamente às quais a ONU pretende prestar apoio estão a do Sudão do Sul, a da República Democrática do Congo, a da Somália e a da Nigéria.
Quanto ao Afeganistão, à Etiópia, ao Iraque, ao Mali e à Ucrânia, as Nações Unidas entendem que as necessidades humanitárias diminuíram, mas continuam a ser significativas.
No que se refere às catástrofes, a ONU estima que as situações de seca, de inundações, de furacões e outros desastres naturais vão criar também necessidades humanitárias.
Os apelos humanitários feitos pela ONU raramente são cobertos a 100% pelos doadores. No final de novembro, a organização tinha recebido 10,9 mil milhões de euros dos 18,6 mil milhões que tinha pedido para 2017.
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