“Os assassinatos de todos os jornalistas”, incluindo de Hamza Waël Dahdouh e Moustafa Thuraya, num ataque atribuído ao exército israelita, “devem ser investigados minuciosamente e de forma independente para garantir o estrito cumprimento do direito internacional e as violações processadas”, lê-se na conta do organismo na rede social X (antigo Twitter).
Com as duas vítimas mortais registadas no domingo, eleva-se para, pelo menos, 79 o número de mortos entre jornalistas e profissionais de órgãos de comunicação social, a maioria dos quais palestinianos, desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, de acordo com o Comité para a Proteção dos Jornalistas.
O canal de televisão Al-Jazira divulgou no domingo a morte de dois dos seus jornalistas palestinianos, que foram mortos enquanto viajavam na Faixa de Gaza para “realizar o seu trabalho”, e acusou o Exército israelita de atacar de forma deliberada jornalistas palestinianos naquele enclave.
Um terceiro jornalista que viajava na mesma viatura, Hazem Rajab, ficou gravemente ferido.
À agência francesa AFP, o Exército israelita afirmou ter atingido “um terrorista que pilotava um aparelho voador que representava uma ameaça para as tropas”, acrescentando ter “conhecimento de relatos de que, durante o ataque, dois outros suspeitos foram também atingidos”.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas segue-se ao ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano de 7 de outubro que, segundo as autoridades israelitas, provocou cerca de 1.200 mortos.
Nesse mesmo dia, cerca de 250 pessoas foram raptadas, incluindo as cerca de 100 que foram libertadas em troca de prisioneiros palestinianos durante uma trégua registada no final de novembro.
Em retaliação, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma ofensiva aérea e terrestre que provocou um elevado nível de destruição de infraestruturas na Faixa de Gaza, um pequeno território com cerca de 2,3 milhões de habitantes, controlado pelo grupo islamita palestiniano desde 2007.
Numa nova atualização do número de vítimas da ofensiva israelita, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, foram contabilizadas mais de 23 mil mortes, na sua maioria civis.
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