O ministro do Petróleo do Iraque, Jabbar al-Luaibi, considerou em conferência de imprensa antes da reunião que não haveria a unanimidade necessária para uma modificação dos objetivos da OPEP.
Os objetivos definidos no fim de 2016 pela OPEP e por outros países, num total de 24 produtores de petróleo que representam mais de 50% da oferta mundial, contribuíram para uma subida dos preços, e a Arábia Saudita, primeiro exportador mundial, quer agora aumentar as extrações num contexto de recuperação da procura.
“Esperamos sair destas negociações com uma solução razoável”, afirmou o ministro da Energia saudita, Khaled al-Faleh.
Na prática, a Arábia Saudita e a Rússia indicaram na quinta-feira que querem propor um aumento da produção de um milhão de barris por dia.
O Irão tem manifestado a sua oposição a uma subida da produção, numa altura em que a sua capacidade de exportar está penalizada pelas sanções norte-americanas, após Washington se ter retirado em maio do acordo sobre o nuclear firmado com o Irão e com outros países.
No entanto, o ministro iraniano do Petróleo, Bijan Namar Zanganeh, não excluiu completamente a possibilidade de um acordo, considerando que o número de um milhão pode ser alterado durante a reunião.
“Não posso dizer mais nada, temos de finalizar o texto”, afirmou, sem se comprometer com uma eventual assinatura do mesmo. Na quinta-feira à noite, Bijan Namar Zanganeh deixou uma reunião técnica afirmando perante analistas que não haveria acordo.
No sábado, está prevista uma segunda reunião que vai incluir os países da OPEP e os parceiros que não integram o cartel, incluindo a Rússia.
A redução da produção decidida em finais de 2016 fez subir os preços do petróleo, que passaram dos 30 dólares por barril registados no início desse ano para os 70 dólares verificados já no segundo trimestre de 2018.
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