Conforme reportou o Observador, em causa estarão alegados favorecimentos de militantes do PS na área dos recursos humanos da autarquia, e da contratação pública de certas empresas.

Fonte judicial disse também hoje à agência Lusa que o autarca de Gaia (PS) é um dos cinco arguidos constituídos no processo - além das sete detenções - sendo suspeito de alegados favorecimentos em contratações de pessoal e de empresas.

O telemóvel e a documentação do autarca terão sido apreendidos durante as buscas judiciais à sua casa e no gabinete camarário.

No âmbito da Operação Babel foram detidos o vice-presidente do município de Gaia, Patrocínio Azevedo (PS), que tem o pelouro do Planeamento Urbanístico e Política de Solos, Licenciamento Urbanístico, Obras Municipais e Vias Municipais, “suspeito de receber luvas de mais de 120 mil euros através do seu advogado”, também detido, “que faria a ponte com os dois empresários do ramo imobiliário, igualmente detidos”, explicou à Lusa outra fonte ligada à investigação.

Os dois empresários detidos são o diretor-executivo e fundador do Grupo Fortera, Elad Dror, e Paulo Malafaia, que já o havia sido no âmbito da “Operação Vórtex”, ao abrigo da qual o ex-presidente da Câmara de Espinho Miguel Reis se encontra em prisão preventiva.

Foram também detidos dois funcionários da câmara do Porto, um deles chefe de uma divisão da área urbanística e outro com ligações a esta divisão, e um técnico superior da Direção Regional de Cultura do Norte.

Está previsto que os sete detidos sejam presentes a primeiro interrogatório judicial a partir de quarta-feira, ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto, para aplicação de medidas de coação.

*Com Lusa

(Artigo atualizado às 23h57)