O Departamento Federal de Investigação (FBI) dos Estados Unidos participou na operação.
O Comissário da Polícia Federal Australiana, Reece Kershaw, disse aos jornalistas em Sydney que acredita que os alegados criminosos "são membros de gangues de motociclistas, da máfia australiana, de sindicatos do crime asiático e de grupos de crime grave e organizado".
As autoridades indicaram que estes membros "têm estado a traficar drogas ilícitas para a Austrália à escala industrial".
As detenções anunciadas hoje foram feitas como parte da Operação Ironside, que dependia da utilização da aplicação AN0M codificada para aceder a comunicações codificadas utilizadas exclusivamente pelo crime organizado.
A aplicação alegadamente acedeu a mensagens incluindo enredos de homicídio, tráfico de droga em massa e distribuição de armas.
Na Austrália, cerca de 224 suspeitos de crime foram detidos em 525 buscas policiais por todo o país, que levou ainda ao encerramento de seis laboratórios clandestinos, de acordo com o comissário de polícia.
"Prendemos os alegados perpetradores destes crimes. Evitámos os tiroteios e contrariámos o crime grave e organizado confiscando a sua riqueza", disse Kershaw, que recordou que a Austrália é um mercado ilegal atrativo para as máfias, devido ao elevado preço das drogas.
No âmbito da operação, que começou em 2018, as autoridades responsáveis pela aplicação da lei apreenderam até agora um total de 3,7 toneladas de drogas, 104 armas de fogo e cerca de 45 milhões de dólares australianos (28,65 milhões de euros) em dinheiro.
A polícia australiana afirmou que se espera que sejam anunciadas mais detenções na Austrália e cerca de 20 outros países no âmbito da Operação Ironside.
"Hoje, o governo australiano, como parte de uma operação global, deu um grande golpe no crime organizado, não só neste país, mas será ecoado em todo o mundo", disse o primeiro-ministro do país oceânico, Scott Morrison.
Por seu lado, a polícia neozelandesa afirmou numa declaração que deteve 35 suspeitos de crimes em todo o país, bem como apreendeu dinheiro, drogas, veículos, barcos, entre outros, como parte da operação, que descreveu como "a mais sofisticada do mundo contra o crime organizado".
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