O objetivo da operação foi a “destruição das redes criminosas mais perigosas atualmente em atividade”, ligadas à imigração ilegal, tráfico de seres humanos, droga e cibercriminalidade, indicou hoje a polícia europeia através de um comunicado, citado pela agência France Presse.
Foram encontradas 529 vítimas de tráfico em casas fechadas e salões de massagem, 324 pessoas foram presas e apreendidas 2,4 toneladas de cocaína.
Coordenada pela Europol a partir da sua sede em Haia, a operação Ciconia Alba deu um “grande golpe aos grupos de crime organizado a atuar em toda a União Europeia e para lá dela”, acrescentou a Europol.
As ações das polícias da mais de meia centena de países envolvidos na operação apontaram a alvos em “bairros problemáticos, locais de prostituição, salões de massagem, assim como aeroportos e centros de acolhimento de imigrantes”.
Atendendo às nacionalidades das pessoas interpeladas, “as redes de tráfico provenientes da Nigéria, Ásia e da Europa de Leste são as mais ativas na União Europeia”, conclui a Europol.
Mais de 540 mil pessoas e veículos foram controlados e revistados e um total de 181.500 euros foi apreendido.
Foi ainda identificada uma falsa agência de viagens na Grécia e identificados 745 migrantes na operação, que envolveu também a polícia europeia de controlo de fronteiras Frontex, a Interpol e a unidade de cooperação judicial da UE, Eurojust.
Os raides, que visaram também a fraude com cartões de crédito, detiveram 140 pessoas na posse de bilhetes de avião comprados com cartões roubados.
Na Áustria, a polícia descobriu uma plantação ilegal de ‘cannabis’, na sequência de uma intervenção numa casa clandestina.
“Países e organizações em todo o mundo a trabalhar juntos numa só unidade é a resposta moderna ao crime organizado sem fronteiras”, declarou o diretor da Europol, Rob Wainwright.
A operação juntou o conjunto dos Estados membros da União Europeia e 24 países fora Europa, entre os quais o Equador, a Indonésia, a Nigéria, os Estados Unidos e os Emirados Árabes Unidos.
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